domingo, 7 de julho de 2013

Enquanto o mundo passa



Não sei muito bem se acredito ou não em destino, mas pelo visto as coisas realmente teriam que ser assim.
Por sete anos, quase morri por ti. Até tive outros amores, mas no fim de cada noite, de cada beijo, de cada toque, era em você que eu pensava.
E hoje, tenho que contentar em apenas sentir sua falta. Você não mais lembra de mim e eu acho que nem te conheço mais. Nem sei como é possível eu acreditar que ainda te amo.

Enquanto o mundo passa, vejo seus passos de longe.
Enquanto o mundo passa, sinto falta de olhar nos seus olhos.

Mas sei que tenho que seguir. Tenho que me fazer acreditar que você é um caso perdido. Tenho que lembrar de todas as vezes que me permiti ter um novo começo e depois recuei por ainda te querer.
Vou recomeçar mais uma vez.
Vou sair do escuro desse quarto, onde, aos poucos, me mato. Vou jogar fora cada comprimido que me mantinha tranquilo. Se for preciso, vou explodir e renascer das cinzas como uma fênix.
Vou mostrar o sorriso que a brisa desperta em mim. Vou perder a paz ouvindo a tão conturbada Milonga.
Vou fazer tudo isso apenas porque quero ir embora e te deixar pra trás.

Enquanto o mundo passa, tento não mais seguir seus passos.
Enquanto o mundo passa, tento não lembrar dos seus olhos.

Estou aqui há tanto tempo que cansei. Não quero mais ficar.
Quero te transformar em apenas uma longa lembrança triste, enquanto volto a caminhar por Porto Alegre.

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