Amor ou Paixão?

Ah, Tavares... escritor dramático, músico incrível, roqueiro marrento, guri charmoso. É incrível como, mesmo não te conhecendo, acredito saber seu assunto mais insistente: o tal do Amor.
Você fala que o sente, que o sentiu, que alguém não entregou a você, de sua ausência.
Se você quisesse, poderia até te apresentar pra ele. O conheci há um tempos atrás, mas sei lá, acho que ele não foi muito com a minha cara.
Talvez ele simpatizasse mais com você. Então, quando quiser, eu apresento os dois. Quem sabe ele resolva me dar uma segunda chance, e abrace nós dois de uma vez. A gente pode até sentar e tomar uma Coca gelada com ele.
Se ele não quiser ficar, a gente chama a Paixão; disseram que ela é bem simpática. Os mais ousados, dizem que ela é "gostosa", mas não quero que você descubra isso sozinho. Me chama, a gente pode descobri-la juntos.
Se nenhum deles te agradar, conheça a mim. Já que você parece tão imprevisível, me surpreenda, goste da sua A.

Na minha tela

Independente do que pensem, do que digam, eu sou sua
Você não sabe meu nome, você sequer me viu
Mas eu te vejo toda noite nos sonhos meus

Suas canções se dissolvem nos meus ouvidos
Eu eu acompanho cada passo teu
Tua camisa xadrez, teus lábios bem deliniados
Você na minha tela, meus pensamentos morgados

Sei o quanto vai ser difícil ter você
Nem precisa ser só meu o tempo todo
Mas que seja todo meu, quando for meu enfim
Se é que me entende; se é que será assim

Quero ouvir aquela música com meu nome
Tá, eu sei que não foi escrita pra mim
Mas não me incomoda; sua voz traz o meu sim

E por favor, tente não me fazer gelar
Então não me olhe, não me toque, não diga nada
Mentira; faça de mim o que quiser
Seja a causa dos meus arrepios, diga o que quiser dizer
Alimente meus desejos, realize meus sonhos

E, já que você tudo pode, apenas seja
Sei que dessa forma será imperfeito
Da forma mais gostosa, a forma real


A.