quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Por você



Eu sei que não pode, que esse não é momento certo e que a gente pode acabar se magoando. Eu sei que eu preciso me decidir, tomar logo uma posição, botar a cara pra bater. Eu sei que, agora, você é dela; mas eu também sei o quanto você me deseja por perto. Eu quase consigo ver as lembranças de nós dois passando nos seus olhos e, automaticamente, começo a sorrir.  Eu amo as palavras que você me diz, e apesar da culpa, não canso de lembrar da intensidade dos teus beijos. Eu sei que agora tá difícil pra nós dois, mas será que um dia, só da gente, sem pensar em nada ou ninguém, sem lembrar que existem outras pessoas no mundo, seria pedir demais? Eu já nem sei mais o que fazer. Me conformei com o fato de você estar o tempo todo nos meus pensamentos. Me conformei que é proibido... mas se proibido é mais gostoso, deixa eu te provar mais uma vez. Eu sei que pode não ser o caminho certo, que podem me julgar, te julgar, que podem (e vão) perder horas falando de nós pelas costas; mas, por você, vale muito à pena.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A gente morre sozinho (Lucas Silveira/Rodrigo Tavares)



Queira afastar as crianças
Protegei de todo o mal
Peguem suas armas
Armem suas lanças
Digam adeus ao que é normal

Começamos, e não tem mais volta
Agora todos estão sozinhos

Não se esconda, mas tenha medo
Quase ninguém sobreviveu
Deixa eu te contar esse segredo
Quem começou isso fui eu

Começamos, e não tem mais volta
Agora todos estão sozinhos

Esse sorriso é de mentira
Quem é que nunca acreditou?
Fazemos isso na tentativa
De contentar com o que restou

Saiba, amigo
A única resposta agora
A gente morre sozinho

Quem vai lutar pela gente?
Quem vai tentar nos salvar
Se agora eu olho pra frente e não consigo caminhar?

Quem vai mostrar o caminho?
O pesadelo é real?
Quando estamos sozinhos
Não existe bem e mal

Perguntaram para mim
Pra onde eu vou, de onde eu vim
E eu respondi com um olhar
Pedindo ajuda, sem encontrar

E é de mentira, essa canção
Um coração não se faz com a mão
Ele não sabe, nunca viveu
Pois o Diabo lhe protegeu

Enquanto pintavam os muros de sangue pra vender jornais
E eu testemunhava o grito agonizante dos que não vivem mais

Verdade...
Quem é capaz de conviver com ela?
Vontade...
De um dia jogar tudo para o ar
E viver sabendo que não há nada depois
Viver sem esperar por quem nunca existiu

Quem vai lutar pela gente?
(Você não vê que estamos sós?)
Quem é que vai nos salvar?
(Cadê seu Deus?)
Se agora eu olho pra frente e não consigo caminhar?

Quem vai mostrar o caminho?
(No fim de tudo, somos nós)
O pesadelo é real?
(Cadê seu Deus?)
Quando estamos sozinhos
Não existe o bem e o mal

Voltem pras suas casas
Ninguém vai nos salvar
Voltem pras suas vidas
Se é que há algo lá

Acredite em mim
Acredite em você
Vai chegar o fim
Ninguém vai te proteger